Por Renate Krieger
Vamos falar de papinhas no mundo?
Quando começa o desmame, começa também a preocupação sobre se a filhota ou o filhote estão comendo bem.
E, para quem dá papinha comprada, nem sempre é fácil encontrar bons produtos.
Durante a viagem que estou fazendo pelo Marrocos e pelo sul da Europa, optei por carregar uma caixa cheia de papinhas alemãs (esq.) para a bebê, agora com oito meses.
São porções entre 120 e 190g e há refeições muito variadas – incluindo papinhas de legumes e carne para o almoço, de leite, frutas e cereais para o lanche e de leite com cereais para a noite.
Isso facilita o trabalho de apresentar novos gostos e texturas à pequena, dependendo da idade (a cada mês introduzo uma refeição nova). Na Alemanha, também há muitos biscoitinhos e saudáveis e sem sal ou açúcar, ideais para distrair a criança e ensiná-la a mastigar. Até agora, as papinhas do país são minhas preferidas – com a marca HIPP no topo da lista. Igualmente, existe muita variedade de chás sem açúcar e sucos para bebês e crianças.
No Marrocos (centro), infelizmente não fiquei muito convencida pelos produtos que encontrei num supermercado francês. A embalagem diz “hallal” (“permitido” por regras islâmicas), porém a papinha de fruta tem adição de açúcar e o gosto não é lá muito bom – a bebê estranhou de início, mas depois aprovou o gosto doce. E não há variedade, apenas duas marcas disponíveis.
Na Espanha (dir.), encontrei muitas e variadas papinhas na rede de supermercados Lidl. Ainda não testei todas, mas a bebê adorou a papinha de frutas e as porções de legumes e carne todas são feitas com produtos biológicos, segundo a embalagem. Ótimo!
A marca Hero Baby (Espanha) também era minha companheira no Egito, quando estava desmamando a mais velha. Os biscoitinhos eram bons, mas tinham açúcar, assim como as papinhas, que eu dava apenas em caso de urgência (eu costumava cozinhar todas as refeições dela uma vez por semana e congelar). Engraçado como a qualidade do produto varia de país para país.
Nos Estados Unidos, não cheguei a testar papinhas, mas num primeiro momento comprei algumas refeições prontas no supermercado porque não tinha cozinha. A mais velha detestou e eu também. Produtos muito artificiais e uns pseudo-legumes, tudo sem gosto e só para esquentar no microondas. Acabei cozinhando num fogão improvisado no hotel. Não há opção de transição entre a papinha e a comida dos adultos, como é o caso na Alemanha, por exemplo. Uma pena.
Minha experiência com papinhas no Brasil é limitada, mas passei uma temporada no país para visitar a família em 2015. A mais velha estava exatamente nessa fase de transição da papinha para a comida com pedaços e refeições “de adulto”. Não sobrou nada dos vidrinhos de papinha de feijão da Nestlé, por exemplo. Fica aqui meu pedido para as mamães brasileiras acrescentarem suas dicas.
Finalmente, aproveito para introduzir um assunto futuro: na Alemanha, a introdução de comida para as crianças começa com o almoço – normalmente um legume mais doce, como cenoura ou chirívia (pastinaca). Depois de três ou quatro dias, vai-se misturando outros legumes e depois carne (para os pais que querem).
Em seguida, passa-se à refeição da noite (uma papinha de leite e mistura de cereais em pó para a mamadeira ou o prato) e, no oitavo mês, para o lanche da tarde (papinha de frutas com cereais). As refeições de leite da manhã são substituídas primeiro pelo lanche da manhã (frutas) e, finalmente, pelo café da manhã (pãozinho com um pouco de manteiga, por exemplo).
Nenhum pensamento