Por Cíntia Cardoso
O Vale D’Aosta foi uma grande descoberta nessas férias com as crianças. Acessível de trem ou de carro, o vale tem opções para quem aprecia história (há muitos vestígios bem conservados do Império Romano), caminhadas, trilhas, ecoturismo e boa comida. A região fica a poucos quilômetros da Suíça e da França, o que pode ser uma opção para quem mais tempo e quiser esticar o passeio pelos países vizinhos.
Para as crianças, o ar puro e a liberdade são os pontos altos. Outra grande vantagem é a hospitalidade da população. As crianças são bem recebidas. Não vi cara feia, nem olhar torto nos restaurantes nem nos museus. Vi muita cordialidade, o que é um grande alívio nesses tempos em que muitos defendem a segregação social das crianças.
Perguntei para os meus filhos (de 6 e de 2 anos) os que eles mais gostaram e eles que me deram as dicas para esse post. Verdade seja dita, o filhote de 2 anos não fala muito, mas deu para perceber o que ele mais aproveitou no passeio. Afinal nada melhor para o desenvolvimento dos pequenos (e dos grandes) toque viajar. Se você não estiver convencida, leia aqui sobre os motivos para viajar com os filhos. E, se já estiver convencida, aproveite as dicas do passeio pelo Vale D’Aosta.
1-Trenzinho de Aosta

Na verdade é um miniônibus em forma de trem que faz um tour de 20 minutos pela cidade de Aosta. O passeio custa 3 euros e vale muito para os adultos (o guia explica detalhes dos monumentos e da história do Império Romano) e também para as crianças que podem aprender um pouco sobre os romanos ou simplesmente aproveitar as lindas paisagens.
No dia do nosso passeio, estava fazendo um calor de 40°, então a voltinha de 20 minutos foi muito bem vinda. Os meninos quiseram, inclusive, repetir o tour.

2- Os restaurantes (a alegria de visitar um país onde se pode comer macarrão todos os dias)
Em tempos de intolerância com crianças em restaurantes e espaços públicos, Aosta, que convive com o bilinguismo (francês e italiano), sabe receber os turistas de braços abertos, principalmente as famílias. Mesmo os restaurantes que não têm um cardápio específico para crianças se desdobram para fazer adaptações para os menores.
A variedade de pizzas, os gelatti (experimentamos vários sabores de sorvete) e as frutas frescas (melão, melancia, uvas) diretamente dos produtores também foram apreciadas pela criançada.
3-Os parques
A cidade de Aosta tem uma das pracinhas mais bonitas que já vi e descobrimos esse lugar por acaso. Os brinquedos, feitos de madeira, são muito bem conservados e interessantes. Há um percurso feito de pneus reciclados, por exemplo, que pode distrair qualquer criança por um bom tempo. No cantinho para os menores, há um chafariz feito para a criançada se refrescar. A piscina de bolas (foto acima) é super limpinha. E o melhor, tudo é de graça. O parque fecha às 19:00 e fica a poucos metros da rua principal com bares e restaurantes.
As cidades vizinhas também não economizam na infra-estrutura para crianças.

4-Sorvete

Impossível controlar a ingestão de açúcar das crianças diante do festival de opções de sorvete. Mas verdade seja dita, as sorveterias são realmente artesanais e os produtos são bem menos doces que aqueles que a gente compra no supermercado. Além disso, tem gosto de fruta de verdade.
4-A natureza
Mesmo para quem não está muito acostumado com trilhas ou com passeios ao ar livre, o Vale d’Aosta é generoso com adultos e crianças.
Embora aluguéis de apartamentos de temporadas sejam uma excelente opção viajando com famílias, dessa vez experimentei um camping E não me arrependi. Um lugar cheio de vida, com muitas atividades para as crianças e ainda tive a sorte de encontrar uma outra mãe brasileira, Angélica, que é gentileza em pessoa.
Já estou com saudades.
2 pensamentos